major eléctrico


quarta-feira, novembro 29, 2006
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PODCAST 006: Ming

Selecção gravada para a Rádio Oxigénio (102.6) e emitida em 11.11.2006. Link directo aqui, alinhamento deste episódio aqui em baixo:

> Coil «Windowpane» (intro) 1990
> Supermax «Love Machine (Part I)» 1977
> Steve Bender «The Final Thing (Part I)» 1977
> Bohannon «South African Man» 1974
> The Alan Parsons Project «Mammagamma» 1981
> Celi Bee «Closer, Closer» 1978
> Boney M «Never Change Lovers In The Middle Of The Night» (ME edit) 1978
> Rolling Stones «2000 Light Years From Home» (ME edit) 1967
> Dennis Parker «Like An Eagle» 1979
> Suzi Quatro «Official Suburbian Superman» 1973
> Gretschen Hofner «Welcome To My Judy Garland Life» 1996
> Wings «Cuff Link» 1978
> Will Powers «Adventures In Success» 1983
> Lol Creme/Kevin Godley «The Flood» 1977
> Delta 5 «Different Fur» 1981
> Ultravox «Mr. X» 1980
> The Human League «Toyota City» 1980
> Robotiko Rejekto! «Rejekto (Retrospective Mix)» 1988

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domingo, novembro 26, 2006
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New School (6)


Omar-S marca os seus discos

Um grupo de música recente que, exceptuando os discos da Delsin, é produzida e editada pelas mesmas pessoas (isto é, músico e editor são a mesma pessoa), em verdadeiro espírito Underground Resistance. Todos estes discos são highlights pessoais em 2006:

Omar-S «(111)» 2x12" FXHE 2006
Segundo álbum de Omar-S na lista do ano. House intensa na emoção, com desvios mais electrónicos sempre a serem consequentes e um espírito de militância próximo de Moodymann e Theo Parrish. Seco, escuro mas harmonioso, do princípio até ao fim. Na sua editora FXHE. Bom!
Patrice Scott «Atmospheric Emotions» 12" Sistrum 2006
PC é DJ desde os 80s mas só agora aparece na produção. Este é o primeiro maxi na sua editora Sistrum. Deep House clássica, melodia e beats a correrem como um rio.
Jus-Ed «Small Oak» 12" Underground Quality 2006
Jus-Ed é DJ há mais tempo do que Patrice Scott (derrubada a ideia de que são 'novos' produtores), mas actualmente produz na mesma área de House techy com atmosfera Detroit. Fundou também uma editora, a Underground Quality, e gravou para ela 5 maxis em cerca de um ano, desde 2005.
Steve Poindexter «Maniac (Unreleased & Reworked)» 12" Mathematics 2006
Hieroglyphic Being «Cosmic Dust» 12" Mathematics 2006
Steve Poindexter ajudou a definir a House de Chicago antes dos 90s. «Maniac» é uma das faixas do lendário EP «Short Circuit» (agora reeditado pela Trax, procurem), retrabalhada aqui pelo próprio, Noleian Reusse, Area e Dimitri Pike.
Hieroglyphic Being persiste no caminho difícil de produção distorcida - quase nada em «Quasars & Starfields» parece bater certo, o som geral parece demo, «Cosmic Dust» ainda mais rude e por polir, «Time Warp Synthesizer» parece limpo, imaculado, em comparação. Doente. Óptimo!
Bjorn Torske & Crystal Bois «As'bestos» 12" Sex Tags Mania 2006
BT tem um dos melhores maxis do ano («NY Lugg»), mas BT & CB têm outro dos melhores maxis do ano. A Percussion Mix tem um bom bump Chicago, mas a Snartsluttmix, a 33 ou a 45, é uma das faixas de dança de 2006 para quem já não precisa de Electro nas suas vidas. Nem Techno ou House. É só para dançar.
Shed «Handle With Care» 12" Delsin 2006
Redshape «Misc. Usage» 12" Delsin 2006
«Stale», de Shed, é um momento profundo no ano, Drexcyia e Carl Craig fundidos por cima da pista de dança (porque isto, para nós, parece intangível). No outro lado, as duas partes de «Handle With Care» não estão ao nível. Detroit. Com Redshape, também o lado longo é o directamente interessante, perfeito épico em crescendo, apesar de «Dirt One», no final do lado B, ter forte apelo Jack. Lê-se que Shed e Redshape têm bases na Alemanha, a Delsin é holandesa, mas a música é Detroit.

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quarta-feira, novembro 22, 2006
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Compras 20.11.2006

Hipnosis «Pulstar/End Title (Blade Runner)» 12" Memory 1983
Hipnosis «Oxygene/Bormaz» 12" Memory 1983
O primeiro maxi foi para substituir o 7", e assim ter mais prazer com «End Title», explêndida versão com beatbox do tema do final de «Blade Runner». «Pulstar», original de Vangelis, segue o mesmo padrão de «Oxygene», original de Jean Michel Jarre (percebe-se de onde vem tudo isto), demasiado italo para resultar hoje. «Bormaz» não tem grande história, também.
Boytronic «You» 12" Mercury 1983
«You» foi um hit synth-pop em 83. O trio de Hamburgo ressurgiu recentemente, mas nada substitui um freeze frame daquele tempo. A voz meio Yellow Magic Orchestra é decente, o groove é decente, o instrumental é decente, com a vantagem de acrescentar cowbell a partir de metade.
Scattered Order «Escape Via Cessnock» MLP Ink 1986
A primeira vez que ouvi Scattered Order foi em «Total Beat Factor», um 10" de 88. Como em muitas bandas electrónicas de início dos 80s, o som ao vivo era mais punk do que electro, como dá para perceber aqui pelos dois temas gravados em 85. O tema-título resulta melhor a 33 + 8 (lembra Sisterhood), bom groove de synth, meio gótico porém. «Heat» e «Knife Perpendicular», ambos de 83, completam esta mini-compilação inglesa do grupo australiano e são as melhores coisas aqui: vozes secas, ambiente frio com beats sem glamour, mas tudo calmo e pausado. Belo exemplo da cena Minimal Synth.
Cabaret Voltaire «Fools Game/Gut Level» 12" Disques Du Crépuscule 1983
Richard H. Kirk «Hipnotic» 12" Rough Trade 1986
Mais avanços importantes na colecção Cabaret Voltaire, um maxi que faz a ponte entre a fase industrial e o electro-funk posterior. Tudo gelado, com samples políticas, a voz de Mallinder já mais perceptível do que antes e imagens de muros cinzentos e fumo a fazer maravilhas por este funk.
O maxi de Richard Kirk (a outra metade de Cabaret Voltaire, desde que Chris Watson saiu) contém duas das melhores faixas do álbum «Black Jesus Voice». Kirk em plena criatividade, «Hipnotic» viria a ser um favorito de Beppe Loda. Maxi perfeito.
The Breaker's «Break On Eggs» 12" Warning 1984
Interpretação francesa da cena Breakdance, em teoria um potencial desastre, na prática um tema sólido (na versão Extended) próximo de «Breakers Revenge» de Arthur Baker. Efeitos vocais, scratch, synth épico, tudo contado para a combinação certa. Mais duas versões apenas retiram brilho à versão longa e, como bónus, 1'10" de scratch para misturar por cima.
Supermax «World Of Today» LP Atlantic 1977
O álbum substitui por inteiro o 7" «Love Machine», dividido em duas partes (no álbum a faixa tem os 8'37" seguidos). Esse é um dos momentos preciosos da cena Disco europeia, genial, e pouco interessa que o resto do álbum não esteja à altura. Ainda assim, «Musicexpress» e «Be What You Are», com cortes certos, ficariam incríveis, já que o groove de base é óptimo (o baixo em «Musicexpress» é o baixo de Lindstrom quase à letra!)

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quinta-feira, novembro 16, 2006
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Lego: 358



A série espacial da Lego começou no mesmo ano em que o Skylab caiu na Terra: 1978. As duas coisas vão estar sempre ligadas. No início, o cinzento era a cor dominante nos veículos e naves (vermelho e branco para os fatos dos astronautas, que já pertenciam à nova geração articulada de minifigs da Lego). Os designs eram menos produzidos e utilizavam mais peças regulares, apesar de, para esta série, terem sido introduzidas novas peças (pratos de radar, walkie-talkies, botijas de oxigénio para os astronautas, etc). Foram também criadas novas placas-base, a mais carismática sem dúvida a que tinha o relevo lunar com duas crateras (tudo em cinzento-Espaço, claro). Com o avançar dos anos e as novas colecções, a série Espaço foi ganhando um aspecto cada vez mais hi-tech, até à rápida exaustão. Um pouco o equivalente das figuras clássicas de super-heróis que, durante os 80s e seguramente nos 90s, ganharam massa muscular extra e ficaram disformes e digitais. Lego espacial e Lego como espécie perderam todo o interesse à medida que as peças clássicas desapareciam na importância do design dos modelos. Kaputt. Recentemente, o interesse por Lego clássico (mas não demasiado clássico), especialmente pré-minifigs, levou à recuperação de sets que tivemos nos 70s e outros que sempre quisemos ter. Bastou um toque na memória ao ver as imagens dos sets para a coisa ser sólida. O valor maior, até agora, é uma estação de lançamento de 1973 (5 anos antes da série espacial), sem figuras, com toda a área para preencher com ameaças mortais, fuga para o Espaço e planos secretos a desenrolarem-se nas costas da Humanidade. Isso é que era.

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Ming (7): Lux 17.11.2006

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sábado, novembro 11, 2006
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Compras 10.11.2006

Tom Tadlock «Body Ad & Poker Keeno» 7" Subterranean 1982
The Leather Nun «Primemover/F.F.A.» 7" Subterranean 1983
A Subterranean, em S. Francisco, dividia-se entre hardcore e industrial (de Dead Kennedys a Z'EV), mas nenhum destes singles é uma coisa nem outra. Tom Tadlock e 'orquestra' soa a Beach Boys, Pascal Comelade e, agora, Ariel Pink, pop perdida nas nuvens com sintetizadores primários e um tom melancólico de ócio numa tarde de Verão. Leather Nun (Suécia) eram grandes no circuito goth menos vampiresco. «Primemover» é ok, mas «F.F.A.» é o motivo para ter este single: groove funk lento, letra sobre fistfucking e foi um dos re-edits de Optimo em «The World Of Betty Botox», com o nome «Fist & Shout».
Off «Bad News - Trend Mix» 12" Bellaphon 1985
Off «Electrica Salsa (Baba Baba)» 12" Zyx 1986
Off produziram o seu melhor material na segunda metade dos 80s, entre Italo e New Beat. A voz arrastada com sotaque germânico, falada e não cantada, fornecia o gelo norte-europeu a esta música que soava italiana. Sven Väth produziu e misturou muitos dos discos de Off, além de ser a voz em «Electrica Salsa» e de aparecer na capa desse maxi com perfil de deus ariano. Os instrumentais são próximos dos vocais. Médio.
Wire «Map Ref. 41ºN 93ºW/Go Ahead» 7" Harvest 1979
O lado A, incluído em «154», do mesmo ano, já indicia os Wire mais pop 10 anos mais tarde, por exemplo, com «Eardrum Buzz». «154» é o álbum pós-punk por excelência dos Wire, e quase nada no disco é supérfluo. Neste single, no entanto, e como é frequente, o achado é o lado B «Go Ahead». Voz com o mínimo de emoção, bateria e baixo em uníssono, ambiente escuro, óptimo! Sorte que foi incluído como extra na edição em CD de «154».
Heinz Funk «Haendel Goes Electronic/Signals & Bridges In Music» LP Selected Sound 1982
Heinz Funk tem dos melhores nomes de sempre, recorrente nas compilações de Library Music, um dos compositores que utilizavam a electrónica em explorações multi-géneros e multi-funções, incluindo bandas sonoras. As variações e interpretações sobre originais de Haendel lembram, na melhor das hipóteses, Wendy/Walter Carlos com Bach, mas não há muito a fazer quando este LP tem o lado B inteiro dedicado a separadores sonoros. 136. Desde o mais conservador e diurno a outros que passam por efeitos de filmes de ficção científica vintage.
Billy Thorpe «Stimulation» LP Epic 1981
O trabalho de pesquisa feito por quem tem mais tempo, dedicação, conhecimento e dinheiro do que nós deve ser respeitado. No recente volume 2 de «Collectors Series» (Faith Recordings), Kaos e Sal Principato incluem «Stimulation», de Billy Thorpe, uma canção Disco com voz de rock-FM equilibrada no ponto certo. A aquisição do LP com o mesmo título, no entanto, é um engano, a menos que se queira ter o original daquela canção, como nós queriamos. O resto é mau, mais condizente com o ar meio Huey lewis de Billy Thorpe, na capa.
Glass Museum «Day Tripper» 12" RGM 1983
2 versões para o original de Lennon/McCartney com pouco a seu favor excepto um par de breaks que precisariam de ser muito esticados para ganharem o seu peso em valores. O padrão dos arranjos é demasiado cliché Italo. O tema extra, «Dumping-Cart Motion», soa a Cold Wave e, como tal, leva-se mais facilmente a sério. Ideal para os sets electro de 2001/2002, linha Visage/Ultravox.
Orlando Riva Sound «Fire On The Water/The Blaze» 12" Ariola 19??
Não aparece o ano de produção deste maxi. Duas faixas Disco-Rock com muito contra, mas «Fire On The Water», cortado nos sítios certos, é um fantástico número Disco com voz de trovão, ambiente de voodoo e ira dos Deuses, apesar da guitarra não ter o som certo. O lado B parece seguir perto, mas rapidamente perde tudo ao soar simultaneamente a Queen e Mike Oldfield. : \

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Ming (6): Oxigénio 102.6 Lisboa 11.11.2006



Sábado 11.11.2006 às 24h:

> Coil «Windowpane» (intro) 1990
> Supermax «Love Machine (Part I)» 1977
> Steve Bender «The Final Thing (Part I)» 1977
> Bohannon «South African Man» 1974
> The Alan Parsons Project «Mammagamma» 1981
> Celi Bee «Closer, Closer» 1978
> Boney M «Never Change Lovers In The Middle Of The Night» (ME edit) 1978
> Rolling Stones «2000 Light Years From Home» (ME edit) 1967
> Dennis Parker «Like An Eagle» 1979
> Suzi Quatro «Official Suburbian Superman» 1973
> Gretschen Hofner «Welcome To My Judy Garland Life» 1996
> Wings «Cuff Link» 1978
> Will Powers «Adventures In Success» 1983
> Lol Creme/Kevin Godley «The Flood» 1977
> Delta 5 «Different Fur» 1981
> Ultravox «Mr. X» 1980
> The Human League «Toyota City» 1980
> Heinz Funk «Signals & Bridges In Music» (exc) 1982
> Robotiko Rejekto! «Rejekto (Retrospective Mix)» 1988

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segunda-feira, novembro 06, 2006
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Compras 06.11.2006

Severed Heads «The Big Bigot» LP Ink 1986
Severed Heads «All Saints Day» 12" Nettwerk Europe 1989
«The Big Bigot» é talvez o pico da criatividade dos australianos Severed Heads, o nonsense cartoonesco em equilíbrio com o industrial. O maxi «Propellor» foi praticamente introduzido em Portugal por Manuela Paraíso em «O Fogo e o Gelo» (programa na Rádio Azul, de Setúbal, em 86/87) e ainda é dos temas que melhor e mais claramente identificam o estilo Severed Heads. Mas este álbum tem outros memoráveis como «Legion», «Army» (re-edit ME em arquivo) e o semi-cósmico «Come Visit The Big Bigot».
«All Saints Day», numa fase posterior, mostra o grupo mais limpo, menos schizo, a incorporar nitidamente influências da House que despontava então...
Public Image LTD «The Flowers Of Romance» LP Virgin 1981
Public Image LTD «Rise» 12" Virgin 1986
Public Image LTD «Home» 12" Virgin 1986
Os maxis de 86 pertencem à fase mais directa dos PIL, genericamente pouco interessante, ainda que «Rise» seja uma peça que, uma vez ouvida, não se esquece com facilidade. Ajuda ter o instrumental no lado B, mas a verdade é que se imagina a voz de John Lydon por cima (carisma). «The Flowers Of Romance» é outro assunto: um disco tribal, dominado pela percusão fúnebre e ameaçadora, Lydon aparece um pouco menos visível (isto é, histeria vocal mais controlada). Há faixas físicas incríveis como «Go Back», «Flowers Of Romance» e «Track 8» (re-edit para cortar a voz).
Suzi Quatro «Suzi Quatro» LP RAK 1973
SQ reinava bem antes de PJ Harvey como Glycerene Queen (uma das canções no álbum). Rock-chick por excelência, a sua coisa era mais directa e macho do que o drama de PJ, mais blues e billy, pub-rock, mas desde que ouvi pela primeira vez em cassete, com 9 ou 10 anos, ficou qualquer coisa daquela energia bruta e feminina em simultâneo. Muitos anos depois, a intuição conduz ao caminho certo: «Suzi Quatro» tem 9 canções mais ou menos dispensáveis, mas as 3 restantes são OURO: «Skin Tight Skin» e «Official Suburbian Superman» são Disco com tensão Rock, voz quase sempre no ponto certo de sensualidade, beat certo e «Primitive Love» parece «African Blood» de Supermax na selva de «Hearts Of Darkness» de Joseph Conrad. Não esperava por isto : ) Por fim, uma das capas mais rock da História.
Anti-Time «Dream Baby/Free Recipe» 12" Delkom 1990
Delkom era a editora de Gabi Delgado, metade de DAF, mais sexual do que Robert Görl, se segurimos a sua discografia pós-DAF. Anti-Time, com a voz de Saba Komossa, a outra metade da editora (Del-Kom), ergue-se do então já moribundo corpo da EBM para incorporar uma estrutura rítmica House que leva a coisa para outro nível. Sexy.
Mother F «Welcome Aboard» 12" Matra 1981
Mother F adaptaram, no mesmo ano, «Welcome Aboard» da Love Unlimited Orchestra de Barry White, já de si uma viagem Disco completa com tudo. Neste maxi, a introdução em drone conduz ao motor da música: simulador de vôo com a voz narcótica e feliz da hospedeira que convida ao abandono, tal como no original mas com uma pulsação mais baleárica do que Disco. Instrumental no lado B perde claramente pela falta da sugestão hipnótica da voz. Feito no Canadá. Incrível.
The Flying Lizards «Top Ten» LP Statik 1984
A aventura pop de David Cunningham durou mais do que seria normal, mas já fora da Virgin, a perfeita companhia mainstream para uma infiltração underground. Agora na Statik (Chameleons, Positive Noise, The Dance, etc), «Top Ten» é uma colecção de versões, a especialidade de Flying Lizards. Transformar a melodia de uma canção pop num conjunto de frases recitadas sem emoção era a punhalada de FL no sistema. A voz de Sally soa, como sempre, ao tom monocórdico dos primeiros sintetizadores de voz para computador. «Sex Machine» (James Brown), «What's New Pussycat» (Burt Bacharach) e «Suzanne» (Leonard Cohen) são os highlights pessoais.
Andrea True Connection «More, More, More» 7" Buddah 1976
Uma das divas Disco mais celebradas fora do mainstream, Andrea True aqui soa às melhores coisas de Celi Bee, mas o mel irresistível da voz acaba no refrão, que não faz justiça ao resto. Parte 1 e parte 2 sem grandes diferenças, neste 7".
El Coco «Cocomotion» 7" Pye 1977
Um dos hits mais visíveis de Rinder & Lewis sob o nome El Coco, a celebrar os clichés Disco com força profissional e um gosto natural pelo look da má vida associada à cena. Tudo clássico mas, neste exemplo, falta o Quê extra que nos transporta para lá da pista.

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