major eléctrico


segunda-feira, julho 31, 2006
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PODCAST 004: Sentimental Bar Music 02

Segunda de três mixtapes gravadas para serem ouvidas no bar da galeria ZDB antes, durante e depois do concerto dos Pan Sonic em 27.05.2006. O barulho habitual não permitiu que se ouvisse grande coisa. Link aqui, alinhamento em baixo:

> Madonna/Computador Falante «Lucky Star» 200?
> Karl-Ernst Sasse/Kolditz «Das Licht» 1976
(Vocals by Ruth Hohmann & Erbe-Chor)
> Nancy Sinatra & Lee Hazlewood «Summer Wine» 1966
> Syreeta «I Love Every Little Thing About You» 1972
> Nick Drake «River Man» 1969
> Bob Lind «Cool Summer» 19??
> Bonnie Dobson «Winter's Going» 1969
> The Creatures «Miss The Girl» 1983
> Gino Soccio «So Lonely» 1979
> Hot Chocolate «Don't Turn It Off» 1979
> Betty Davis «Your Mama Wants Ya Back» 1974
> Timmy Thomas «Why Can't We Live Together?» 1972

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domingo, julho 30, 2006
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Compras 28.07.2006

Allez Allez «Promises» LP Virgin 1982
Nada aqui é do calibre de «African Queen». Pós-punk cruzado com pop europeia sofisticada (as editoras belgas Crammed e Disques Du Crépuscule viriam a especializar-se nisso), «Promises» são 8 canções sem grande brilho, apesar da produção de Martyn Ware (Heaven 17, ex-Human League). A guitarra é funky mas nunca o suficiente para segurar o álbum do lado certo para fazer esquecer a voz demasiado... europeia.
Bow Wow Wow «W.O.R.K.» 12" 1982
Bow Wow Wow foram outra invenção de Malcolm McLaren, depois de ter roubado os músicos a Adam Ant. A ideia era simples: fazer punk com ritmos africanos. Annabella não tinha sequer 18 anos quando a banda começou a gravar discos, e na capa deste maxi aparece deitada por cima da mesa de mistura no estúdio, reforçando a letra anti-trabalho - «W.O.R.K.» professava a "demolição da ética de trabalho", e isso conduz à "idade primitiva". Começar de novo. Não há punk-funk mais tribal do que «W.O.R.K.». O lado B é a versão em castelhano do hit «C30 C60 C90 Go!».
Gabi Delgado «Mistress» LP Virgin 1982
Delgado era metade de DAF e teve um curto período de experiências em nome próprio entre 82 e 83 (mais tarde teria vários alter-egos). Firmemente assente na body music de DAF, «Mistress» acrescenta cores tropicais e a voz ainda mais no cio de Delgado. Todas as canções são sobre sexo ou amor, o disco é produzido por Conny Plank (Tangerine Dream) e Jaki Liebezeit (Can) toca percussão em 5 das 6 canções. Complexo e delirante.
Adele Bertei «Build Me A Bridge» 12" Geffen 1983
Factos: produção de Thomas Dolby, remistura de Mark Kamins (que, com Jellybean Benitez, dominava a cena freestyle/Funhouse de Nova Iorque nessa época). Adele Bertei era uma figura da era No Wave adoptada pelo circuito artístico. Fez parte dos Contortions de James White/Chance, foi vocalista dos Bloods (há um tema óptimo no primeiro volume de «New York Noise») e teve uma passagem por Bush Tetras. «Build me A Bridge» faz parte da sua segunda vida Disco-Pop, canção emotiva com beat ríspido. Instrumental realça o ambiente melancólico de uma faixa que, no entanto, é claramente para dançar.
Wings «With A Little Luck» 7" MPL 1978
Todas as 3 faixas no single são retiradas do álbum «London Town», também de 78, e nenhum outro motivo existe para ter este single senão «Cuff Link», 2 minutos e 3 segundos cósmicos na linha de «Mammagamma» (Alan Parsons) mas editado 3 anos antes! Incrível. Para além de tesouros com os Beatles, Paul McCartney provocou a ocasional surpresa (como «Temporary Secretary», «Darkroom» ou «Secret Friend» em 1980).

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sexta-feira, julho 28, 2006
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Shut Up 'N Play Yer Guitar



Feedback, distorção, massa sonora suposta e desejavelmente incontrolável, dois ou mais guitarristas a unirem-se como os Ghost Busters. Para mim, o rock era isto. O virtuosismo dos solos de guitarra eram um suplício, quando não representavam a desculpa necessária para pôr de lado uma canção, um álbum ou uma banda inteira. Foi apenas tardiamente, ao entrar no universo Zappa, que percebi que um solo de guitarra pode ser, tal como tudo o resto, afinal, divino. Frank Zappa foi um virtuoso, um maestro exigente, um compositor de complexas partituras sonoras e um ouvinte eclético - tudo qualidades transpostas para a sua música, em qualquer uma das suas canções, em qualquer um dos seus solos.
Pegando na dica de Jazz e Arredores, aqui fica "St. Etienne" do álbum "Jazz From Hell", aqui numa versão ao vivo. Suspensão e beleza limites; quase transcendental. Muito jazz, é claro - que, com Varèse, talvez fossem dois fundamentos primordiais do seu vasto ecletismo musical.

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terça-feira, julho 25, 2006
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Compras 21.07.2006 (Singles Pós-Punk)

A Certain Ratio «Knife Slits Water» 7" Factory 1982
Na falta da versão 12" a preço acessível, para já, é bem bom poder ter a versão single normal de uma das melhores faixas de ACR que parece inspirada no filme de Polanski (1962). A voz já está completamente fora da órbita Joy Division e tudo o resto funciona como um sonho perfeito de música, na verdade, fora de qualquer órbita. No lado B, «Tumba Rumba» lembra, no título, o gloom de outros tempos, mesmo que a música seja parte do grupo de canções ritmicamente mais brasileiras que ACR gravaram na sua carreira.
Allez Allez «African Queen» 7" Kamera 1982
«African Queen» foi uma das selecções de Richard Dorfmeister para o volume 2 de «I Like It» (Compost, 2005). Parece Antena + Anne Pigalle com «African Reggae» de Nina Hagen, cena centro-europeia atraída pelos trópicos, bom. «Allez Allez», no lado B, foi recentemente reeditada na Eskimo + remistura de Lindstrom & Prins Thomas. É uma canção em tom com a new wave tardia da época, meio banal, apesar de aqui ser incluída uma remistura e não o original.
Yellow Magic Orchestra «Theme From The Invaders» 7" A&M 1979
No mínimo invulgar o facto de a canção principal neste single ter apenas 22 segundos. «Theme From The Invaders» é «Computer Game» disfarçado e logo seguido de «Firecracker», um original de Martin Denny, uma das mais importantes influências na exotica de YMO. «Firecracker» faz funk completamente desviado com Denny e tecnologia da época do Skylab. «Technopolis», no lado B, parece-se mais com os YMO que influenciaram a Europa techno, e tem acção vocoder! Tão importante como a música, neste single, é a contra-capa com uma grelha de Space Invaders por cima de um sol amarelo.
Killing Joke «Empire Song» 7" E.G. 1982
Bem antes do estrelato com «Love Like Blood» (85), Killing Joke experimentavam com o lado negro do pós-punk, quase quase gótico. «Empire Song» já mostra a voz de Jaz Coleman e as guitarras como seriam nessa fase posterior. Mais punk do que pós, a canção é levada pelo tempo, nem a produção de Conny Plank a torna especial. É por «Brilliant», no lado B, que este single vale. Malha instrumental percussiva conduzida pelo baixo, com uivos sinistros pelo meio e, perto do final, martelo pneumático por baixo da música, uma espécie de sample de Neubauten.
Gang Of Four «At Home He's A Tourist/It's Her Factory» 7" EMI 1979
No auge do activismo político-social da banda, Gang Of Four recusaram-se a apresentar «At Home He's A Tourist» no Top Of The Pops porque a produção exigia que mudassem a linha "all the rubbers you hide in your top left pocket", referência a preservativos que se levavam para as discotecas na expectativa de encontros sexuais. A canção é das mais típicas do grupo, a guitarra cortada é acompanhada pela voz a declamar a letra quase sílaba a sílaba. Foi aqui que os Liars se inspiraram para muito do seu primeiro álbum. «It's Her Factory» acalma a pressão com melódica como se fosse Augustus Pablo.
Cabaret Voltaire «Extended Play» 7" Rough Trade 1978
Inacreditável arranjar o primeiro single de Cabaret Voltaire a menos de 2,50 euros, o terceiro número apenas do catálogo da Rough Trade. Valor! Alguns factos: «Do The Mussolini (Headkick)» inspirou o aparecimento dos Mussolini Headkick, uma banda industrial de terceira categoria que existiu no início da década de 90; «Here She Comes Now» é uma versão de uma canção dos Velvet Underground em «White Light White Heat». «Extended Play tem mais duas faixas exemplificativas dos CV do início: vozes desencorpadas sempre a parecerem transmissões alienígnas, abuso de eco («Talkover» é puro dub!), guitarra ácida mas à distância, ritmos primitivos mas que eram o futuro definitivo em 1978, quando os Throbbing Gristle dominavam o céu cinzento e Cabaret Voltaire seguiam perto, muito perto.
Siouxsie & The Banshees «Christine» 7" Polydor 1980
Em «Eve White Eve Black» percebe-se o estatuto de culto gótico de Siouxsie Sioux, mas só depois de a canção se descontrolar a meio. Até lá, a ambiência sepulcral soa mais intemporal e no ponto certo. A razão para o single é mesmo o lado A, «Christine», um dos hits inevitáveis da banda, delimitado pela bateria imensa e autoritária e a voz que, quando se ouve em tom menor com o acompanhamento do baixo, é de morrer.

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quinta-feira, julho 13, 2006
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PODCAST 003: Jack! 01

"In the beginning, there was Jack, and Jack had a groove.
And from this groove came the groove of all grooves.
And while one day viciously throwing down on his box, Jack boldly declared,
"Let there be HOUSE!" and house music was born.
"I am, you see, I am the creator, and this is my house!
And, in my house there is ONLY house music.
But, I am not so selfish because once you enter my house it then becomes OUR house and OUR house music!"
And, you see, no one man owns house because house music is a universal language, spoken and understood by all.
You see, house is a feeling that no one can understand really unless
you're deep into the vibe of house.
House is an uncontrollable desire to jack your body.
And, as I told you before, this is our house and our house music.
And in every house, you understand, there is a keeper.
And, in this house, the keeper is Jack.
Now some of you who might wonder, "Who is Jack, and what is it that Jack does?"
Jack is the one who gives you the power to jack your body!
Jack is the one who gives you the power to do the snake.
Jack is the one who gives you the key to the wiggly worm.
Jack is the one who learns you how to walk your body.
Jack is the one that can bring nations and nations of all Jackers together
under one house.
You may be black, you may be white; you may be Jew or Gentile.
It don't make a difference in OUR House.
And this is fresh."

Mr. Fingers «My House» 1988

Jack era alusivo ao modo eléctrico como as pessoas se comportavam na pista de dança quando a House era apenas um esqueleto rítmico e uma linha de baixo. Mas o espírito passa para outras dimensões que não a puramente rítmica, intensa. Jamal Moss começou em 2005 uma série chamada Jack-FM, na qual edita exclusivamente cenas jack. Nativo de Chicago, percebe o Jack na íntegra, e, inspirados por ele, isolámos na nossa colecção items importantes segundo uma interpretação fiel ao espírito que, agora, parece claro. Música com uma base eléctrica dominante, nem sempre doente como as faixas mais fortes, mas com visões de body popping frequentes + nuvens cinzentas a passar com um beat seco por baixo. Para esta primeira mixtape não fomos à origem, a Chicago, mas ao centro da nossa paixão por techno e, com o ouvido certo, percebemos a corrente que era comum a várias faixas de discos diferentes, de proveniências diferentes. Alinhamento deste episódio:

> Fawn «Klip» 1994
> AFX «0180871L» 1993
> Vibert/Simmonds «Indel Rooks»* 1993
> O «Atomit» 1992
> Starfish Pool «Undraped»* 1994
> Earcloud «Sol Fuerte»* 1994
> Gescom «Motor3» 1994
> i «y.u.?» 1992
> Plastikman «Spaz» 1994
> PWOG «Pull» 1994
> Reagenz «B»* 1994
> Neil Landstrumm «Raw Media»* 1998

*edits por ME

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quarta-feira, julho 12, 2006
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Rui Reininho



GNR «Hardcore 1º Escalão/Avarias» 7" Valentim de Carvalho 1982
Muitos anos à procura deste disco, uma memória de uma letra meio proibida para putos ("She licks, she sucks") e a pura estranheza de uma canção com quebras, recomeços e sintetizador. Mais tarde consegue fazer lembrar Tuxedomoon, na voz de Reininho, que entrou para os GNR em 81 depois de ter feito uma entrevista ao grupo. Hoje, Reininho não concebe escrever canções senão em português, mas «Hardcore (1ºEscalão)» é logo memorável pelos desvios livres entre inglês e espanhol. Art-pop ou new wave, o que quer que se lhe chame, a canção mantém hoje todo o brilho, esquizofrenia, maus espíritos, sin-te-ti-za-dor e groove. É muita coisa numa só faixa. No lado B, uma versão curta de «Avarias», que aparecia no álbum «Independanças» a ocupar um lado inteiro, mais de 20 minutos. Esta versão curta condensa as experiências numa malha punk-funk.

Anar Band «Anar Band» LP Rádio Triunfo 1977
Sem tempo e num registo bem mais nebuloso do que a pop que tornou conhecidos os GNR, Anar Band foi o nome sob o qual ficaram registadas algumas experiências de Rui Reininho pré-GNR com Jorge Lima Barreto (mais tarde fundador de Telectu, com Vitor Rua, então pós-GNR). Descrito pelo próprio Lima Barreto como o primeiro disco produzido em Portugal de música improvisada num contexto electro-acústico, «Anar Band» utiliza nomes de heróis e super-heróis para exprimir as possibilidades sobrenaturais do som do sintetizador ARP Odyssey em regime livre e em diálogo com a guitarra de braço duplo tocada por Reininho. A proximidade com o free-jazz era uma intenção, mas passam incólumes, ainda hoje, as ambiências e tons psicadélicos que evocam paragens distantes na mente de quem imagina filmes de ficção científica ou, radicalmente diferente, aventuras escuras no coração da selva. Puro delírio por duas cabeças anarcas (Reininho ainda confessa) «Anar Band», o LP, foi meu antes de 1980 e muito antes de poder começar a perceber o que era. Lima Barreto era filho do dentista local, em Vinhais (30km de Bragança) e frequentava ocasionalmente a minha casa para conversas com a minha mãe e o meu padrasto na sala onde me lembro de ouvir «House Of The Rising Sun», «Voulez Vous» e discos de 78 rpm. Mais tarde aconteceu o mesmo com «Ctu Telectu», de Telectu, mas ofereci a minha cópia a Dirk Ivens em 1988 numa manobra de charme, juntamente com uma cópia repetida de «Anar Band». Ivens era grande fã das cenas do Lima Barreto.

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sábado, julho 08, 2006
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Compras 07.07.2006 (Reedições)

Talking Heads «Burning Down The House/Pull Up The Roots/Slippery People» 12" Sire 1983/2006
Este maxi circulou apenas em versão promo em 1983, nunca conheceu edição oficial até 2006. Na altura serviu para promover o álbum «Speaking In Tongues». Ritmo lento, excepto em «Pull Up The Roots», disparos de sintetizador, talvez o disco de TH mais próximo de Tom Tom Club.
Underworld «Dubnobasswithmyheadman» 2xLP JBO 1993/Simply Vinyl 2003
O álbum representou o início da segunda vida de Underworld, agora com a perfeita junção entre pop e techno. TODOS os temas resistem ao teste do tempo.
Ken Ishii «Extra» 12" R & S 1995/2006
Por momentos, Ken Ishii foi o futuro do Techno. Ritmos cruzados e melodias decididamente não ocidentais soavam diferentes de tudo o que se fazia na Europa ou EUA. O original de «Extra» tem todos os elementos que faziam a diferença. A remistura de Dave Angel torna a faixa mais monótona e reconhecível como Techno, Wagon Christ aplica a ciência breakbeat num exercício meio abstracto (hoje em dia só para fãs de Luke Vibert), enquanto Luke Slater arrasa - versão bleepy, minimal e escura, perfeita ainda para hoje, mais intensa se tiver o pitch um pouco em baixo.
Joey Beltram «Beltram Vol. 1» 12" R & S 199o/2006
«Energy Flash», a primeira faixa, guarda intacta toda a ameaça desde a primeira edição há 16 anos; «Subsonic Trance» junta Chicago à EBM europeia, óptimo; «Jazz 3033» e «Psycho Bass» usam breakbeats por baixo das sequências techno.
Sleezy D «I've Lost Control» 12" Trax 1986/2006
Marshall Jefferson + Adonis gravaram uma das faixas house mais escuras de sempre. Os gritos na Space Mix de «I've Lost Control» lembram Revolting Cocks, a voz é usada com o pitch lento, a pulsação 303 e o ritmo em constante quebra asseguram mindfuck. Sem perder virtudes, a House Mix no lado B torna tudo mais esquelético e, digamos, misturável.
Virgo «Free Yourself» 12" Trax 1986/2006
O tema-título mereceu presença em várias compilações importantes («Essential Mix» de François K e «Chicago Boogie» na Eskimo, p ex). Soa a Warp com Mr Fingers, sexy, lento e espacial; «Under You» e «R U Hot Enough» prolongam a sensação de calor físico que esta música transmite; «My Space» é a faixa mais certa, ritmicamente, e também a mais ácida aqui, apesar do ambiente que entra e sai tornar tudo mais... celestial. Um dos mais completos maxis editados na Trax.
Jack Frost And The Circle Jerks «Two The Max» 12" 1988/2006
As 4 faixas aparentemente nunca apareceram em maxi mas ocupavam todo o lado B da primeira compilação «Acid Trax» em 1988; Acid House clássica, seca, as variações na 303 e os breaks rítmicos regulam o ambiente em todo o disco. «Tom Tom», numa versão anterior (1987) mais longa, surge também em 2006 num maxi de Jack Frost para a Mathematics de Jamal Moss.
George & Mike «Make The Music» 12" Housetime 1990/Trax 2006
O Mike no nome é Mike Dearborn; Nota-se, de alguma forma, a entrada nos anos 90 em qualquer um dos 3 títulos neste maxi - sequências quase techno, cadência mais rápida. Um pouco mais longe da origem do som (4/5 anos) mas tudo perfeitamente íntegro, ainda.
Master C & J «In The City» 12" State Street 1987/Trax 2006
Das 4 versões no maxi original, apenas a Radio Mix não foi incluída na reedição. House vocal longe do padrão Garage que viria mais tarde. Ambiental, deep, com eco na voz, melancólica e brilhante. Devil Mix estende o mesmo ambiente da Club Mix, apenas a Insane Mix se desvia para território rave mais demente mas nunca fore de controle.
Master C & J «When You Hold Me» 12" Trax 1986/2006
Não existe muita diferença entre as duas versões - «When You Hold Me» e «Dub Love». Com «I've Lost Control» de Sleezy D é provavelmente a música mais intensa produzida em Chicago antes dos anos 90. Mas enquanto Sleezy D é trip demente, Master C & J aqui é mais sexo ainda do que o habitual nas suas produções, gemidos sussurrados e uma linha de sintetizador que, em grande medida, representa o típico som house da época. Outra vez: brilhante.

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