major eléctrico


sábado, fevereiro 10, 2007
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Frisky Dingo



Killface quer angariar dinheiro para acabar a construção do propulsor que levará a Terra a embater no Sol (ouçam as suas razões aqui). Xander Crews é o maior super-herói do mundo e precisa de arranjar novos inimigos para continuar a vender as suas próprias action figures. Treze episódios apenas, com 10 minutos cada, não chegaram para aguentar a dúvida para uma segunda temporada de «Frisky Dingo» na imprescindível Adult Swim. Mas foram os necessários para percebermos uma das maiores proezas de animação televisiva jamais feitas. Imaginação e nonsense fora deste mundo, vindo, não surpreendentemente, da mesma massa cinzenta dos criadores de «Sealab 2021» (2000). Mas «Frisky Dingo» vai muito, muito mais além, num festim quase asfixiante de golpes geniais de enredo (raríssimo ver narrativa contínua em animação), de construção de personagens (Killface mora num prédio de apartamentos com o seu filho), do detalhe sonoro (ambientes, vozes e música), num mundo demasiado reconhecível mas ao mesmo tempo totalmente improvável. É raro ver isto tudo a zunir de perfeição, mas «Frisky Dingo» é mesmo uma obra-prima total. Agora falta a segunda temporada e as action figures nas nossas prateleiras.