major eléctrico


terça-feira, dezembro 05, 2006
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Saídas #04.12.2006

CAT POWER: Aula Magna, 04.12.2006
Provavelmente a Cat Power que todos queriam ver foi a que ficou sozinha no palco, a meio do concerto, sem a sua banda de palco automática. Mas a electricidade, o rock'n'roll, as danças ou as suas versões deixaram um sorriso na face de Chan Marshall que vale ouro. Estranhamente o rastilho que aqueceu a noite foi o groove rock, e não "The Greatest", disco demasiado indie Memphis para o quarteto que a acompanhava.
YO LA TENGO: Aula Magna, 03.12.2006
YLT foi sempre para mim uma banda pop, e não rock. Talvez por causa disso nunca consegui ser fã total. O concerto teve justamente isso tudo: o rock indie excessivo e os momentos de pop perfeita. A noite ficou paga assim que entraram no groove celestial de "Nuclear War" de Sun Ra, com o trio a deixar tudo a pairar enquanto saíam da sala pelos corredores. Momento perfeito, num concerto simpático.>
LISA GERMANO: Santiago Alquimista, 02.12.2006
Na sala errada para se ouvir Lisa Germano, em pouco tempo se percebeu que a magia da sua música tinha abafado todos os erros daquele local. É quase impossível acreditar que Lisa tem quase 50 anos de idade, ouvindo a sua voz, simpatia e arranjos miraculosos. Se "In The Maybe World" ganha pela simplicidade em relação a "Lullaby For Liquid Pig", este concerto a solo arrasou toda a sua discografia e mostra que a cantautora sabe bem mostrar-nos o essencial. Perfeito.
KEIJI HAINO: Zé dos Bois, 25.11.2006
Finalmente em Lisboa um dos mais iconográficos músicos japoneses da última década. A sua música e algumas das suas histórias de palco prepararam-nos para tudo e foi quase tudo o que ele nos deu - incluindo a intensidade sonora. Noise brutal, para lá do limite da dor, lanças eléctricas ancestrais, lamentos vocais, um discurso pessoalíssimo na guitarra. Foi longo, por causa disto tudo, e foi a única coisa que falhou.
BURAKA SOM SISTEMA + DMZ: Ateneu de Lisboa, 18.11.2006
O investimento perfeito na peça essencial das noites dubstep - o som - não teve acompanhamento na escolha do local. Toda a força necessária que explode dos graves fugiu para a atmosfera sem nunca mais voltar. O que restou foi apenas uma sala com sede de dançar e conhecer o que era isso do "dubstep", o que definitivamente ficou adiado para algures em Dezembro, quando Various Production e Kode9 visitarem Lisboa. Buraka, no final, mais não fez do que prolongar a agonia hi-fi da noite.




3 Comentários:

em 12:17 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

yo la tengo é significado de adolescência, a minha! o local não era o melhor, nuclear war foi bom, bom!
a guitarra fazia eco na minha cabeça aquário [atchim!]. reconfortado sobretudo pelas canções preguiçosas de um fim de tarde de verão...
simpático sim!
abraço

 
em 12:08 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

A minha visão do concerto de 29 de Novembro em Braga e fotos no Som Activo. Boas leituras!

 
em 3:28 da manhã, Blogger Hug The DJ disse...

Ir a um concerto da Cat Power é como jogar no euromilhões, desta vez parece que saiu prémio...

 

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