major eléctrico


terça-feira, setembro 04, 2007
--------------------------------------------------------------------

Print #2: capas Farben



no sentido dos ponteiros de relógio:
Farben «Featuring The Dramatics» 12" Klang Elektronik 1999
Farben «Raw Macro» 12" Klang Elektronik 2000
Farben «Says: Don't Fight Phrases» 12" Klang Elektronik 2002
Farben «Beautone» 12" Klang Elektronik 2000

Astrid Proll pertenceu à RAF (Red Army Faction), o que é igual a dizer que fez parte do grupo terrorista Baader-Meinhof nas décadas de 60 e 70. No prefácio do seu livro «Baader-Meinhof - Pictures On The Run 67-77» (Ed. Scalo, 1998), Proll escreve: "Quando olho hoje para estas fotografias sinto-me comovida mas também deliciada com o poder, vitalidade e beleza crua da juventude que emanam de vários rostos e corpos. Outras fotografias, porém, as imagens de pessoas mortas, fui incapaz de encarar durante muitos anos. Graças ao pintor Gerhard Richter, cujo «Ciclo 18 de Outubro 1977» libertou estas imagens do seu contexto nos mass media, pude finalmente abordá-las. Assim, este livro é uma abordagem à minha própria história, bem como à história mitificada da RAF." Conheceu Andreas Baader e Ulrike Meinhof em 1967/68, foi presa em 1971 e passou alguns anos detida, o que terminou de facto com o seu activismo no grupo. Meinhof morreu na prisão em 1976, Baader e outros membros da RAF em 18 de Outubro de 1977. Depois de uma tentativa frustrada nos anos 80 (ainda muito perto da acção) Astrid Proll conseguiu em 1997 desbloquear impedimentos e relutância de entidades oficiais para ter acesso a arquivos fotográficos. Compilou este livro juntamente com fotografias suas (antes da RAF planeava seguir dedicar-se à fotografia).
Jan Jelinek gravou, entre 1999 e 2002, quatro maxis em vinil mais tarde reunidos na caixa «Starbox» (equivalente em CD chama-se «Textstar»).
Comprei o livro em Nova Iorque em Janeiro de 1999 e só um par de anos mais tarde reparei que as capas dos maxis de Farben eram familiares. O link surgiu por acaso e ainda não consegui saber (também não perguntei) porque é que Jelinek fez a série com quatro fotografias retiradas do livro. As capas têm as cores CMYK (imagens originais são a preto-e-branco) mas a inspiração chegou ao ponto de reproduzir, na informação impressa nas capas, a mancha gráfica das legendas que acompanham as fotografias no livro. Cliquem nas imagens para apanhar os detalhes.