major eléctrico


sábado, abril 29, 2006
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Magik Markers, ZDB 29.04.2006


Música errática é apenas uma maneira fácil de designar como soam Magik Markers. O trio de Leah Quimby, Elisa Ambrogio e Pete Nolan começou espontaneamente e preserva ferozmente essa espontaneidade nos discos que gravou mas sobretudo nos concertos. Chamados pós-hardcore por um número de 'analistas', Magik Markers misturam tudo aquilo que sabem fazer e boa parte do que gostam de ouvir, numa amálgama improvisada que toma muito emprestado ao Jazz mais livre e à No Wave nova-iorquina do final de 70's. Como Lightning Bolt, a ideia mais correcta sobre a banda só pode ser tida depois de se experimentar um concerto e perceber que esta energia dificilmente será capturada em disco. Imperdível na ZDB, 29.04.2006.

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quinta-feira, abril 27, 2006
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Norte

Bjorn Torske com outro ser

Kango's Stein Massiv «Lettbeint Liten Sak» 12" TrailerPark 2006
Demência nórdica, sexto maxi desde 2002, sem definição exacta, geralmente Disco ou Electro (old skool!), quase sempre com o groove deslocado do centro. Primeira faixa soa a Chicken Lips e, logo, a Willesden Dodgers, simula o disco danificado perto do fim. A segunda é forte no baixo, ainda no primeiro terço também parece que o disco está riscado, breaks de beatbox e guitarra no último terço só aumentam a estranheza. Lado B inteiro é a remistura Nyeredisco de Bjorn Torske, a fazer magia e a não ser propriamente Disco, meio Brasil meio Jazz meio Funk, meio Manuel Göttsching, tudo encontrado num espaço só.
Bjorn Torske «NY Lugg» 12" Smalltown Supersound 2006
Mais Disco desviado mas apenas no tema-título. Os outros dois são monumentos cósmicos de Dub. As soluções de som são exóticas, lembram coisas mas bastam-se a si mesmas. Destaque para os 12'08" de «Dubet» onde tudo se faz e desfaz por cima do compasso narcótico do baixo. Muitas ideias aqui, e quase todas diferentes do resto lá fora.
Lindstrom «...Another Side Of Lindstrom» 2xLP Outergaze 2006
A música rítmica instrumental (talvez seja isso) de Lindstrom celebra o groove como Santo Deus no esquema geral das coisas, e a concepção de uma grelha rítmica cristalina é central para a definição dos ambientes. Não é errado chamar Disco a esta música mas limita o ponto de vista. Lindstrom é, mesmo assim, talvez o mais certinho do actual grupo de produtores noruegueses que DOMINA a cena.

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terça-feira, abril 25, 2006
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Compras 24.04.2006

John Foxx «Burning Car» 7" Metal Beat 1980
Single contemporâneo do álbum «Metamatic», talvez o maior clássico da cold wave. Synths épicos, metal beat, voz em desespero de Foxx (pós-Ultravox), fechado numa época.
10CC «I'm Not In Love» 7" Phonogram 1975
O filme «Virgin Suicides» deu outra dimensão a esta canção, tornando também óbvia a ligação aos Air (que compuseram música original para o filme). Eco e coros fazem esta música totalmente diferente das baladas românticas que populavam a rádio nos anos 70. Lado B «For You And I» 100% ofuscado.
Eurythmics «Who's That Girl?» 7" RCA UK 1983
Já tinhamos a edição canadiana, com um lado B diferente: «Aqua», apanhado numa sessão de Carlos + Quiet Village para Beatsinspace (pesquisem em 03.11.2005). «Aqua» é uma canção lenta e tensa, óptima. Nesta edição inglesa o lado B é «You Take Some Lentils... And You Take Some Rice», soa a Heaven 17 mais introspectivos, sem vocalista, apenas umas vozes gravadas (filme?). Muito bom. Lado A é synth-pop sem história, mas ainda do lado melhor de Euryhthmics.
Riuichi Sakamoto & David Sylvian «Forbidden Colours» 7" Virgin 1983
Versão com voz do tema principal na banda sonora de «Merry Christmas Mr. Lawrence» (filme de 83 com David Bowie e o próprio Sakamoto). Sylvian acrescenta o seu infalível tom romântico à música que ilustra o interesse amoroso explorado no filme (Sakamoto-actor por Bowie-actor). Lado B também tirado da banda sonora. Riuichi aparece mal escrito, o que torna esta edição mais limitada?
Sylvian/Sakamoto «Bamboo Houses» 12" Virgin 1982
Beat quebrado com ambiência oriental a evitar o óbvio, é uma boa canção da dupla que espalhou classe na pop mainstream. «Bamboo Music», do outro lado, soa um pouco mais electro mas num domínio específico irrepetível por outros. Talvez não sobreviva bem fora do círculo de admiradores.
Landscape «Einstein A Go-Go» 7" RCA 1981
Landscape era o grupo electrónico de Richard Burgess e «Einstein A Go-Go» foi o seu único hit, soa a Telex mas com o gloom e glam inglês em cima. «New Religion», no lado B, parece o pior de Space.
Jilted John «Jilted John» 7" EMI 1978
Punk tardio gravado pelo actor Graham Fellowes («Coronation Street»), número 4 em Inglaterra. Juvenil, básico, duas canções sobre amores em vidas chatas. A razão para ter este disco é simples: uma das primeiras produções pós-Buzzcocks de Martin Hannett, aqui como Martin Zero.
Surface Noise «The Scratch» 12" WEA 1980
Material Disco a soar demasiado MOR, aborrecido na maior parte do tempo, apesar de uma guitarra semelhante a «Can You Move?» de Modern Romance e um break latino a meio de ambos os lados (versão normal e versão longa de «The Scratch»).
Slick «Space Bass» 12" Fantasy 1979
Slick era a secção instrumental da Fat Larry's Band, «Space Bass» foi alvo de re-edit na série Magick Edit Allstars e é grande Disco 4x4 com vozes de sereias, cordas e apoio electrónico estratégico, tudo sempre acompanhado por um baixo mais rápido do que a própria sombra. Óptimo! Lado B piroso que toma emprestadas melodias tradicionais de vários pontos do globo (Caraíbas, Balcâs, México, etc). Meu Deus.
The Wee Papa Girl Rappers «Heat It Up» 12" Jive 1988
Rap feminino cruzado com House quando isso começou a ser bom, remistura acid house vocal e instrumental por Kevin Saunderson! Bassline ameaçador com alguns breakbeats e scratch para pontuar a acção, eficácia de pista garantida.
Mler Ife Dada «Zimpó» 12" Dansa Do Som 1984
Primeiro single, ainda sem Anabela Duarte e com Pedro D'Orey na voz. Mler Ife Dada foram dos poucos grupos verdadeiraente originais na pop portuguesa. 3 canções modernas, sentimentais, sem clichés, e a voz de D'Orey um pouco Bryan Ferry em «Stretch My Face» e «Street Swing» só acrescenta à emoção. No cartão que acompanha o disco lê-se "Este disco constitui o 1º Prémio do 1º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous/1984". Imortal, intemporal e essas coisas.
Sarah Dash «Lucky Tonight» 12" Gira 1985
Produção de Patrick Cowley editada em 1983 na Megatone. Esta é a edição portuguesa. Padrão electrónico Hi-NRG de Cowley com a voz de diva de Sarah Dash a fazer virar rápido para o lado B instrumental, ritmo pontuado a cowbells e stabs de sintetizador que apetece ouvir menos porque são o elemento excessivo que faz lembrar «Jump» de Van Halen.
Lassigue Bendthaus «Matter» LP Parade Amoureuse 1990
Prieiro álbum de Atom Heart como LB, o topo de classe na produção electro-industrial da época. Voz, ritmos, temática, tudo era único, num ano em que o género já parecia totalmente gasto. Vinil transparente.
The Willesden Dodgers «Jive Rhythm Trax» LP Jive 1982
The Willesden Dodgers «Jive Scratch Trax» 2xLp Jive 1983
Dica segura HdB. São dois álbuns de ritmo, ferramentas para DJs com recurso ocasional a músicas mais conhecidas como «Tainted Love» de Soft Cell («152 BPM»). As faixas são identificadas pelas BPMs, para facilitar a busca do ritmo certo. Willesden Dodgers produziram parte da banda sonora de «Jewel Of The Nile», também «Touch Me» de Samantha Fox. Aqui no papel mais anónimo da sua carreira como produtores, e estas rhythm trax são um sonho molhado para quem gosta hoje de Chicken Lips.

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segunda-feira, abril 17, 2006
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Sr. Ming


Sr. Ming é o nome das sessões a começar na sexta-feira, 21 de Abril, no Lux, com ME + Dexter + 2m. Não sabemos descrever muito bem o que se vai ver/ouvir. Algumas palavras:
espaço
drogas
visões
mecânica vintage
tensão
quebras
música

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quinta-feira, abril 13, 2006
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Compras 13.04.2006

Musicology «Musicology» 12" B12 1991/2006
Reedição, mas a coisa verdadeira: Chicago, Detroit e Sheffield unidos no perfeito «Obsessed». Musicology eram os B12 pré-Warp. No total, 4 faixas de pura delícia sci-fi com sugestão de imagens vintage de fractais e demais lugares-comuns dos videos da época «Artifficial Intelligence» ou «X-Mix».
Suicide «Suicide» LP Red Star 1977/1999
Reedição. Primeiro álbum de Suicide, absolutamente incontornável. Seco, minimal, perfeito. Esta reedição de 99 tem «Cheree (Remix)» e «Keep Your Dreams» como bónus.
«Girl» é sexo puro, «Frankie Teardrop» é demência pura.
Dinosaur L «24-24 Music» LP Sleeping Bag 1981/2006
Reedição. Em 1981 este álbum tinha alguma da música mais estranha jamais associada ao Disco. Quase todo produzido por Arthur Russell, «24-24 Music» tem demasiado a acontecer para lá do beat para se conseguir apreender com uma audição casual. Perfeito para as selecções de Larry Levan, sempre disponível para o Outro Lado da música de dança. Impressionante.
ESG «ESG» MLP 99/Factory 1981/2005
Reedição. Editado na 99 e na Factory, em simultâneo, tem 3 faixas de estúdio (produzidas por Martin Hannett) e 3 faixas ao vivo (misturadas e produzidas por Ed Bahlman, dono da 99). «UFO» foi das faixas mais sampladas por produtores de Hip Hop e ESG sempre tiveram problemas com isso. Uma das bandas mais económicas e geniais de sempre, no sentido em que faziam muito com muito pouco.
Rinder & Lewis «Willie & The Hand Jive/Lust» 12" Unidisc 1979/1976/2004?
Reedição de dois dos maiores êxitos (é assim que se diz?) de Rinder & Lewis, sobre quem se pode saber quase tudo aqui. Forte dica HdB, em cheio, dois épicos de 8 e 9 minutos, recorrentes em séries de re-edits, mas a única coisa de que necessitam, na verdade, é de um corte na voz em «Willie & The Hand Jive». O resto é tudo perfeito.
Jimi Tenor «Can't Stay With You Baby» 7" Warp 1996
Edição limitada pré-«Intervision» (álbum de 97). O tema-título é provavelmente a melhor canção de Jimi Tenor, beat House abafado, modulação quase ácida, falsete hiper-convincente, saxofone e delírio de teclados no ponto certo. Pura Soul gravada por um finlandês! Lado B é «Caravan», versão em estilo Aavikko da popular melodia de 1937 composta por Juan Tizol e Duke Ellington. Tudo incrível, neste disco.
Tantra «The Double Album» 2xLP Importe/12 1980
Edição especialmente feita para o mercado americano, motivada pela rotação que os DJs em Nova Iorque davam à música de Tantra, «The Double Album» vale, na verdade, por duas faixas apenas, MAS atenção: uma delas é a versão de 16'20" de «Hills Of Katmandu», a outra é a versão de 15'40" de «Wishbone». Ambas as faixas apareceram em maxi em 79, mas quando ouvimos Rub N Tug começar o set no Lux com «Wishbone» tivemos a reacção oposta à que era suposto: em vez de dançar, gelo e NECESSIDADE de ter esta música, uma das melhores em toda a história da música feita para dançar. As restantes seis faixas não suscitam entusiasmo, mas Tantra, com base em Itália, foram dos primeiros grupos a fabricar o beat Disco com bateria. Recente e genial recuperação dos Idjut Boys num re-edit para «A Placed Called Tarot», lado B de «Macumba».
The Sequence «The Sequence» LP Sugarhill 1980
Sylvia Robinson fundou a Sugarhill em finais de 70's, mas já havia sido uma cantora R&B de sucesso desde os 60's (apanhem «Pillow Talk» em CD, se puderem). The Sequence era um trio feminino com produção de Sylvia Inc, cruzamento entre R&B e «Rappers Delight», beats eficientes e bem em cima, mas o disco só é realmente grande nos 7'36" badass de «Simon Says».

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terça-feira, abril 11, 2006
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Compras 10.04.2006

Grand Wizard Theodore & The Fantastic Five «Can I Get A Soul Clapp» Tuff City 1982/Soul Wax 2006
Uma reedição. Theodore foi dos primeiros a brilhar, ainda com 14 anos, na cena que cresceu para o Hip Hop, mas o original é já de 82. Todas as referências Sugarhill estão aqui, ancoradas numa linha de baixo incrível. Rap típico das crews da época e lado B instrumental muito muito sumarento.
Hypnosis «Pulstar/End Title (Blade Runner)» 7" CBS 1983
Dois temas originais de Vangelis refeitos por Alessandro Zanni. Embora com um beat seco, o lado A tem sintetizador demasiado cheesy para ser bom. Beat seco também no lado B, mas a história é outra: sem grande excesso, esta é uma óptima versão do já de si óptimo tema final de «Blade Runner».
Chéri «Murphy's Law» 7" Polydor 1982
Nomeado no 12x12 Disco Ladies na Wax Poetics #15, foi um hit Pop/Disco meio melancólico mas com partes de voz acelerada anos antes de «Woodpeckers From Space». No lado B, «Anything Is Possible» é na verdade o instrumental, com ocasional aparição do refrão. Arranjos classy.
Marcel Fobert & Floie Club «Rapfolie» 12" Zyx 1984
Música de dança sobre dançar, letra pirosa em francês e inglês mas gravado em Rimini, Itália, Euro esquecível, o instrumental tem uma quebra latina que não sobrevive ao sintetizador festivaleiro. Não.
Cowboys International «Today Today» 7" Virgin 1980
Voz um pouco Brian Molko (Placebo) no refrão. Banda new wave com pouca história mas nas memórias do Rock Em Stock na rádio portuguesa, este single soa suficientemente estranho para não copiar ninguém em especial. Lado B meio Bowie, meio glam, com sintetizador Ultravox a entrar e sair durante a faixa, o refrão podia ser totalmente dispensado.
The Michael Zager Band «Let's All Chant» Private Stock/VC 1978
Toda a gente menos eu sabia o que é «Let's All Chant». Com o grito em falsete celebrizado pelas piores razões com a House 15 anos mais tarde, arranjos com imitação de cravo e música da Corte, este foi um dos subprodutos Disco que inundou o mercado. «Love Express» no lado B com óptimo breakdown provavelmente mais acessível em 12". Não.
Monyaka «Go Deh Yaka» 7" Polydor 1983
Capa a p&b com gente a dançar na rua segurando boomboxes e referência a dub instrumental no lado B parecia prometer. Mas é um crossover Pop/Reggae menor, chato, e nem o dub instrumental é verdadeiro, tem tanta voz como o original. Não!

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quarta-feira, abril 05, 2006
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Compras 04.04.2006

Pet Shop Boys «West End Girls - The Shep Pettibone Mastermix» 12" Parlophone 1985
A versão que faltava, depois do original produzido por Bobby Orlando. Beat reforçado, piano pré-house, a voz de Tennant bem clara, 8'09"; no lado B, 9'30" de «West End Dub» : ) + «A Man Could Be Arrested» (ainda co-produzido por Orlando).
Pet Shop Boys «It's A Sin» 12" Parlophone 1987
Disco Mix no lado A com mais de 7 minutos, longa introdução antes da melodia reconhecível, nada a assinalar. Lado B tem versão 7" e outra co-produção de Shep Pettibone: «You Know Where You Went Wrong». Giro, mas longe de essencial.
Lil Louis «French Kiss» 12" FFRR 1989
Versão longa natural de 12" com a quebra softcore; lado B com «Wargames», a cena mais schizo sem acid que Chicago produziu na era clássica. Mental.
M|A|R|R|S «Pump Up The Volume Remix» 12" 4AD 1987
Colaboração Colourbox/A.R.Kane no período de ascenção da House até explodir no Verão do Amor de 88, toda a gente sabe o que é este disco. A colaboração nota-se mais obviamente no lado B: «Anitina (First Time I See She Dance») tem cut-up rítmico Colourbox e voz meio celestial A.R.Kane.
Det Reirruc & Latin Rascals «Axel F» 12" Streetheat 1985
Apresentada na capa como The Real Dance Version, transformada para NY. Original de Harold Faltermeier criminosamente apropriado em 2005 para toque de telemóvel. Latin Rascals fazem edits e cut-ups e blah blah pop com sons que começaram e acabaram nos 80's.
V/A «Chic, Vol. 1» LP Chic 1985
Chic, na Alemanha, licenciou para consumo interno alguns nomes típicos do Italo (Kano, Sabrina, Gaz Nevada, Sinita, Fun Fun). Neste disco é tudo inferior, excepção a «Living In The Jungle» de Gaz Nevada, pop baleárica a apanhar com melhor efeito na versão 12".
Flash And The Pan «Midnight Man» 12" Epic 1985
Mais um exemplo óbvio de como é necessário ter o maxi e não apenas o 7". Misturado por François Kevorkian em NY, precisava mesmo assim de um edit para retirar o excesso de guitarra no segundo terço. Dub no lado B, com o evitável «Fat Night» (bah).
i «Warm Sunday» 12" POD 1992
Mais Atom Heart clássico, das sessões «Repetitive Digital Noise» de 92. Acid mental, bleepy, seco, em três das melhores faixas ácidas do primeiro período Atom Heart. Incansável.

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domingo, abril 02, 2006
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Compras 01.04.2006

Lil Louis & The World «I Called U» 12" FFRR 1989
Dois temas lá em cima com os melhores da constelação de Chicago, ambos baseados em spoken word. «I Called U» em duas versões com diferenças no tom de voz, groove de piano, baixo bouncy e discussão sobre deixar e recomeçar; «Blackout», no lado B, também é dominado pela voz + cadência «French Kiss», discurso divino com o pitch em baixo a tornar as coisas mais sérias. Arrepiante de tão bom. Serviço HdB.
D.F.X. «Relax Your Body» 12" Zyx 1989
De todos os sítios possíveis, foi escutado pela primeira vez em «My Parade» de Ellen Allien. Monólogo típico da comunhão só possível nas pistas de dança a terminar com referência explícita a Afrika Bambaataa, instrumental New Beat, piano a intensificar o drama. Versão mais completa e versão mais despida. Tudo muito bom!. Serviço HdB.
Lisa «Rocket To Your Heart» 12" BMC 1983
Hi-NRG girlie mediano, demasiado rápido para o seu próprio bem; lado B com uma versão de «Sex Dance» mais carregada de tecnologia que o original. Gira a espécie de imitação que Lisa faz de David Byrne em «Psycho Killer».
Lisa «Sex Dance» 12" Moby Dick/Rádio Triunfo 1983
«Sex Dance» razoavelmente como descrito acima, um dos hits Euro de Lisa; «I Thank You» no lado B é a versão longa, boas premissas mas o refrão é muito mau. Nenhuma das faixas chega ao pé de «Mandatory Love», a melhor canção de Lisa.
Sharon Mitchell «Handsome Stranger» 12" Malaco 1984
A guitarra espanhola que aparece só para pontuar a palavra "Mexico" na letra é totalmente desnecessária e quase estraga o efeito de um grande instrumental freestyle (entre Disco, Electro e Funk latino). Lado vocal menos interessante, como era frequente.
Space «The Best Of Space» LP Vogue/Arnaldo Trindade 198?
Equívoco cósmico que produziu «Magic Fly» (1977), óptimo clássico synth-disco, mas muito mais para esquecer. Em 78 «Just Blue», tentativa de seguir o êxito do ano anterior, ouvida até à exaustão em documentários e anúncios de TV (como «Magic Fly», aliás). «On The Air» aproveita Bach, o costume.

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